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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

A HISTÓRIA DE ABRAÃO - 2011 ANO DE ABRAÃO


Era descendente de Sem e filho de Terá e tornou-se ancestral da nação hebraica e de outras (Gn 17.5). Viveu uma vida de notável fé e ficou conhecido como o ‘Amigo de Deus’ (2Cr 20.7).  Sua história de sua vida é registrada no livro de Gênesis a partir do capítulo 11 e sumarizada em At 7.2-8. A etimologia do nome Abrão (do hebraico abhrãm) é incerta, mas provavelmente significa ‘o pai é exaltado’. Com a promessa do pacto divino e de sua futura descendência, seu nome foi alterado para Abraão (‘abhrãhãm) que é explicado como ‘pai de multidões’ ou ‘ pai das nações’ (Gn 17.5).

Abraão nasceu em Ur dos caldeus, onde vivia com seu pai Terá e os irmãos Naor e Harã, e onde se casou com Sarai. Por ocasião da morte de Harã ele se mudou com a esposa, o pai e o sobrinho, Ló, para Padã Harã, onde Terá faleceu (Gn 11.26-32). Chamado por Deus quando tinha 75 anos de idade, partiu em companhia de Ló, deixando Harã, e mudando-se paulatinamente, via Siquém e Betel, até Canaã (12.1-9).

A fome foi empurrando-o através do Negebe até o Egito, onde ele e Sarai escaparam de Faraó somente por meio da intervenção de pragas (versículos 10-20). Após sua volta para Betel, houve disputa entre os pastores de Abraão e os de Ló, e decidiram, então, cada um seguir por um caminho (13.1-14).

Deus prometeu a Abraão a possessão da terra inteira, desde o Eufrates na direção do sul, e Abraão regressou ao Manre, perto de Hebrom (13.15-18). Ele recebeu a bênção de Melquisedeque, sacerdote-rei de Salém (versículos 17-24).

Não tendo filhos, Abraão tornara um escravo nascido em sua casa, Eliezer, seu herdeiro, mas então recebeu a certeza especial de Deus de que geraria um filho do qual seria iniciada a nação futura. Isto e a promessa sobre a terra foram confirmados por um pacto (15). Neste ínterim, Sarai lhe dera Agar, uma concubina, por meio de quem Abraão, já com 86 anos de idade, teve um filho chamado Ismael.

Agar, porém, tendo zombado da esterilidade de Sarai, foi expulsa para o deserto, somente para ser livrada pelo Anjo do Senhor (16).
Treze anos mais tarde, Deus apareceu novamente a Abraão a fim de reafirmar suas promessas ligadas ao pacto sobre o futuro de sua família, da nação e da Terra, estabelecendo como sinal disso a circuncisão de todos os homens do clã, e a mudança dos nomes para Abraão e Sara (17).

A promessa de um filho foi novamente confirmada no Manre, a despeito da descrença de Sara (18.1-19). Quando o julgamento próximo contra Sodoma e Gomorra foi revelado a Abraão, este intercedeu a favor de Ló, que vivia então ali (versículos 20-23). Do Manre ele testemunhou a destruição das cidades de onde Ló escapou (19.27-29).

Isaque nasceu quando Abraão já contava cem anos de idade. Para resguardar a sucessão, ele despediu Agar e Ismael, ação contrária ao costume então prevalente, o que exigia uma ordem direta de Deus. Abraão acatou com relutância essa providência evidentemente difícil (21). Foi por esse tempo também que fez um tratado com Abimeleque, o filisteu, para adquirir direitos em Berseba (21.22-34).

O grande teste da fé de Abraão chegou quando Deus lhe ordenou que oferecesse Isaque em sacrifício no Monte Moriá. Obediente, sua mão foi sustada no momento em que aproximava o punhal para matar o filho e então um carneiro foi provido como substituto (22.1-14). Ali mesmo foi reafirmado o pacto entre Deus e Abraão (versículos 15-20).

Sara morreu com a idade de 127 anos e foi sepultada numa cova em Macpela, possessão que Abraão adquiriu de Efrom (23). Notando que sua morte se aproximava, Abraão fez Eliezer jurar que obteria esposa para Isaque dentre seus parentes por perto de Harã. Assim, a neta-sobrinha de Abraão, Rebeca, tornou-se noiva de Isaque (24).

O próprio Abraão, já em idade avançada, casou-se com Quetura, cujos filhos se tornaram os ancestrais das tribos de Dedã e Midiã. Após dar ‘tudo o que possuía’ a Isaque, além de presentes aos seus outros filhos, Abraão faleceu com a idade de 175 anos e foi sepultado em Macpela (25.1-10).

Abraão era um homem corajoso, obediente, fiel e fervoroso, mas, acima de tudo, era um homem de fé. Ele “creu contra a esperança”, como diz o apóstolo Paulo em Romanos 4.18, ou seja, acreditou na promessa a despeito das circunstâncias contrárias.

Ele enfrentou vários desafios em sua vida, como vencer a idolatria predominante (Js 24.2), deixar os costumes da terra, deixar sua parentela, vencer a comodidade, enxergar o desconhecido e atender ao chamado de Deus, obedecendo incondicionalmente.  Também foi o primeiro homem a entregar o dízimo, sem que Deus ainda o tivesse pedido. Por tudo isso, tornou-se o patriarca do povo de Israel e o pai da fé de todos os cristãos (Gl 3.7).


Fonte: adaptado de D.J.Wiseman - The world of God for Abraham and today  em  O Novo Dicionário da Bíblia - Ed Vida Nova

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